Laudo. Displasia cortical e epilepsia sem spikes no EEG. Aberto a todos.


Podemos colocar a correlação eletroclínica e comentários após a conclusão.Assimetr d e displasia cortical

 

 
NEUROVALE
Laboratório de EEG
RUA PORTL , 11. 632-56 TAUBATÉ - SÃO PAULO.
PAULO AFONSO MEDEIROS KANDA
NEUROFISIOLOGISTA CLÍNICO
ELETRENCEFALOGRAMA
DIGITAL & QUANTITATIVO

Informação do paciente
Nome do paciente:
LAURA NEGRETTI URRUTIA
Data de nascimento:
19/10/2013
Sexo:Feminino
N° de documento:
Idade:1 anos 5 mês
Diagnóstico:1ano 5m displasia corticla na rm , crises de desligamento, atroso neuromotor , não senta, não articula palavras, não segura objetos . parto cesárea, alta com a mãe. Começcou com crises de desligamento aos 6 meses. Aos 9 anos começou a apresentar crises convulsivas Crises de desligamento sempre ao despertar. Gardenal - depakene
Endereço:
Telefone: Parâmetros de registro:Nome do equipamentoNeuron-Spectrum-4/P
Frequência de amostragem2000 Hz
Nome das montagensmonopolar 21 completa
Filtro de alta frequência0,3 Hz
Filtro de frequência baixa500,0 Hz
Filtro NotchDesliga
Tempo total do exame:00:35:32

MÉDICO SOLICITANTE: Dra Eda Cavalieri.

ELETRENCEFALOGRAMA DIGITAL E QUANTITATIVO

Exame realizado em condições técnicas satisfatórias em estágios iniciais de sono N-REM espontâneo. A atividade elétrica cerebral de fundo é regular, porém com persistente assimetria, com ritmos de maior amplitude em hemisfério cerebral esquerdo (normal) e com menor amplitude a direita (porém com presença de grafoelementos fisiológicos). Os fusos e ondas agudas de vértex tem maior amplitude e frequencia de aparecimento a esquerda. Durante o exame não observamos descargas epilépticas. Durante o breve período de despertar não observamos outras anormalidades.
A abertura e fechamento ocular e a hiperpnéia nada acrescentaram ao traçado. A percussão plantar não fo i realizada. A resposta à fotoestimulação confirmou a menor reatividade do hemisfério cerebral direito.

Conclusão: EEG digital em sono e sob fotoestimulação mostra atividade elétrica cerebral assimétrica com maior amplitude de atividade e melhor reatividade aos estímulos em hemisfério esquerdo.

Correlação eletroclínica: Trata-se de criança de 1 ano e 5 meses com quadro de atraso neuro-psico-motor. Não fala, não anda e não empunha objetos. Começou aos 6 meses com crises de desligamento e aos 9 meses apresentou a primeira convulsão. Segundo acompanhante, a RM de crânio revelou displasia cortical. A ausência de descargas epiépticas no EEG não afasta possibilidade de epilepsia. A assimetria da atividade elétrica sugere alteração funcional ou estrutural de hemisfério cerebral direito, principalmente em regiões centro-parieto-occipitais a direita. Se somarmos à história de displasia ao achado de supressão focal de ritmos (hemisfério direito), torna-se possível que as crises (caso fique confirmada epilepsia) não sejam de ausência e sim crises focais complexas e focais complexas com generalização. A repetição periódica do EEG pode aumentar a chance de visualização de possíveis alterações focais epilépticas (que não apareceram neste exame). Não visualizamos quadro eletrográfico sugestivo de S. West ou outra encefalopatia secundária. Neste exames vimos apenas assimetria persistente com amplitude menor de ritmos a direita.

ref: Chapter 2. Optimal Use of the EEG in the Diagnosis and Management of Epilepsies. The Eilepsies: Seizures, Syndromes and Management. Panayiotopoulos CP. Oxfordshire (UK): Bladon Medical Publishing; 2005. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2601/

Taubaté, 2015

Paulo Afonso Medeiros Kanda
neurofisiologista crm 54378 SP